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Da Responsabilidade Social para Inovação Social

Em regra, empresas já consolidadas no mercado buscam retribuir os retornos de capital com projetos de Responsabilidade Social. Utilizam da filantropia ou caridade via fundações e ONG’s para doar em pró de algum projeto educacional, meio ambiente etc.

Muitos destes programas fazem parte de uma estratégia empresarial denominada “filantropia estratégica” ou “marketing com causa”, entre outros, em tem como fim promover algo do bem.

É evidente que estes programas geram um impacto positivo, mas há uma limitação clara em termo de escala na solução dos problemas sociais enfrentados por estas ações. Isto se deve muito porque estes programas são desenvolvidos fora do core business, portanto, longe dos recursos mais poderosos da firma (pessoas, pensamentos, pesquisas etc), ou seja, distante dos processos de negócios que criam valor para empresa. No fim do dia, o que importa é como fazer para aumentar o LUCRO da empresa e não o percentual do lucro que será destinado para caridade.

É neste contexto que cada vez mais a sociedade exige a divulgação clara do propósito das empresas. Firmas que continuarem em busca apenas do lucro tendem a não vender e, portanto, não sobreviver nos dias de hoje. É necessário que empresa demonstre que está sendo guiada por algo maior que o lucro para que possa um dia liderar no seu mercado.

E mais. Não basta escrever o seu propósito. As ações e decisões da empresa devem ser guiadas por este propósito, mesmo aquelas decisões mais difíceis.

E por isso, a importância de se estabelecer estratégias alinhadas com o propósito e os valores utilizando-se de ferramentas adequadas e eficientes. A integração da responsabilidade social com o negócio principal cria vantagem competitiva e melhor posicionamento perante o mercado em que atua.

Para Michael Porter, estratégia é escolha, sendo que a essência é saber o que não fazer.

Não resta dúvida que cada vez mais a sociedade demanda solução para os problemas sociais cuja iniciativa para solucionar não deve ser apenas do governo ou órgãos sem fins lucrativos. As empresas são parte dos problemas sociais e, portanto, devem compor a solução, também.