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A evolução da Responsabilidade Social

O desafio é claro: os acionistas demandam crescimento e maior retorno, os empregados buscam significado e a sociedade espera maior responsabilidade social, econômica e ambiental.

Neste contexto, as empresas sempre foram orientadas a maximizar o retorno total dos acionistas. O mercado era o responsável por definir a aplicação dos recursos naturais, estabelecer preço e estabelecer as transações. A idéia era que, desta forma, a sociedade seria beneficiada e todos os stakeholders iriam prosperar. Por sua vez, o meio ambiente não era considerado e servia de suporte para o meio econômico e para a sociedade. Os aspectos sociais eram responsabilidade dos governos e de ONG’s.

Ocorre que, esta lógica vem mudando. Investidores no mundo inteiro passaram a se preocupar em alocar seus recursos em negócios que incluem em suas estratégias práticas de valor social e ambiental.
Padrões ESG (Environmental, Social e Governance) estão sendo desenvolvidos, permitindo que a performance nestas áreas estejam mais disponíveis e confiáveis. Hoje, cada vez mais, se entende que há uma interdependência dos três elementos da sustentabilidade (Econômico, Social e Ambiental) onde o meio-ambiente é mais importante que a sociedade e a economia, em seguida vem a sociedade e, por ultimo, os aspectos econômicos.

Isto decorre do fato de que quando produtos e serviços contemplam a solução de desafios sociais, o retorno dos acionistas no longo prazo é aumentado face a mitigação dos riscos de impacto negativo serem diminuídos e novas oportunidades surgirem (novos mercados, novos produtos etc).

Outro aspecto importante a nível de negócios, quando os aspectos sociais são inseridos na estratégia, há uma maior gestão dos riscos (Compliance) e, portanto, maior previsibilidade na avaliação de múltiplos (EV/Ebtda por exemplo). Há estudos que comprovam que investidores, no longo prazo, são premiados de 3% a 19% nos múltiplos quando investem em empresas que performam bem o ESG, além das margens destas empresas serem até 12.4 maiores.

Em 2016, os investimentos em empresas com responsabilidade social chegaram a USD 23 trilhões. Na Europa ocidental e Oceania, metade dos investidores buscam negócios com este perfil. No Canadá já chega em 40%. Nos EUA o volume chega em 20%, crescendo 15% ao ano.

Isto se deve por uma razão “simples”: empresas que performam ESG, entregam muito mais resultado no longo prazo.

Os desafios de saúde global, mudança de clima e desigualdade social são gigantescos. As empresas podem entender fechar os olhos para isto OU aproveitar a grande oportunidade em GANHAR dinheiro e resolver estes problemas.

Link: https://www.linkedin.com/pulse/valor-economico-e-social-victor-hugo-moreira/

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